Tragédias!





Não sei o que vale mais...
Quando se perde tudo
E a vida que se mantém
Com qual perspectiva?
Com qual referência?


Uma noite assustadora
A natureza...
Precisa se recuperar
As pessoas precisam
Ser amadas de verdade.


Eu amo a chuva
Mas hoje, quando ela se anuncia
Eu me apavoro
Eu penso nas pessoas
Que foram arrastadas por ela...


Não, a natureza não é culpada
Os culpados
Vestem-se de políticos,
Não temem nenhuma punição
Protegidos por um falso poder.


E agora, eles abraçam o pobre solitário
Sem família, sem casa, sem destino
Prometem o que não irão cumprir.
E as pessoas,
A mercê de uma justiça
Tal qual também descomprometida
Com as pessoas honestas.

Minhas lágrimas não bastam
Minha náusea
Pelos rostos hipócritas desses políticos
Faz-me repensar...


Porque o povo se engana tanto
Porque eles continuam nessa
Empáfia arrogante...
Claro eles não acreditam
Em penalidade alguma

Nem aqui,
Nem em outro lugar...
Eles se sentem acima dos seres normais.
Eles querem privilégios
Que alguns déspotas acham coisas menores.


Pobres criaturas falhas
A cobrança será maior
Pois a natureza também
Saberá cobrar-lhes a consciência...


Choro, a cada voz de socorro
Choro, a cada rosto em lágrimas.
Choro, esperando uma geração
Mais consciente,
Que elimine da política
Esses amadores na arte de ser.


E o mesmo discurso:
Muito já se foi feito
Mas precisamos fazer mais
Que falácia sem medida.

E o povo acredita,
E morre nas enchentes
Morre na vala comum...
Nas filas dos hospitais.

Olhemos as grandes cidades
A quantidade de favelas,
Palafitas, casinhas lá em cima do morro
Quem sabe mais perto de Deus...


Quantas crianças; descalças
Correndo pelos esgotos...
Será que a culpa é da criatura sem opção!
Sem espaço seu para viver
Terra tão imensa de água e recursos.
Nas mãos de poucos...


Mas a natureza
Não tem seus eleitos
A terra se aquece rapidamente
Os lideres ganânciosos
Ignoram seus avisos.


Então a natureza vem
Rompendo o seu caminho
Varrendo sua passagem
Ela precisa retomar seu espaço
Ela precisa fazer-nos reavaliar
Os nossos atos...

E se rapidamente não aprendermos
Com os milhares de mortos
Feridos, desabrigados, desiludidos
Desamparados...


Talvez os nossos filhos
Netos, descendentes
Não terão um mundo
Para habitar,
Ou se restar algum mundo
Será numa guerra desumana
Para ter água, casa, vida!




Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz...

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