A meia idade, de uma Menina inteira!








Eu sou meio crua
Na arte de existir
Pois,
Carrego lembranças
Que não me pertencem
Olho fundo nos meus olhos
No espelho na parede.


Procuro vestígios de mim
Na menina que amadureceu.
Fruta fresca a juventude distante.
Miolo mole... Diziam-me.


Corre menina o tempo
Persegue-te há séculos
Caravanas de sonhos.
Tantas melodias me definem.


Tantos poemas me vestem
Tantas histórias me revelam.
E se eu falo de mim
Eu vejo você.
Traços e semelhanças.


E se um dia eu choro
A maioria das vezes sorriu
Talvez para me enganar
Sempre foi assim
Há em mim uma alegria dos palhaços


Que fazem todos rirem
E choram sozinhos na Coxia
Talvez para lavar a alma errante.
Sempre fui assim
Miolo Mole.


Mas fuja menina
A mulher madura te tomará um dia
E a inocência lhe abandonará
E aquela energia se tornará
Em horas de reflexão.


Mas acorda menina,
O tempo já chegou
A mulher já está em você
Seus gostos são antigos
Suas linhas já estão demarcadas
Sua vida um turbilhão de afazeres.

Mas por um momento menina
Esqueça a dor,
Alinhe seu corpo
Coloque a velha melodia
Relembre antigas histórias.


Vista seu passado,
E pense o quanto
Ainda tens da moleca
De miolo mole
Que sempre brincou com a vida!


Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

Comentários

  1. Arrasou!!!
    Vc terá esse sorriso e jeitinho moleque com 100,200,1.000 anos...é seu, nem o tempo tira!
    Esse é um dos seus charmes....

    ResponderExcluir
  2. hahahahaha, 1.000 anos, nem Moisés....
    obrigada, as vezes gostaria que os olhos também sorrisem...
    Liê

    ResponderExcluir

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