Nosso tempo! Infinito.





Seus olhos fechados,
Seu sorriso solto
Apresento-te a minha vida.
O que fui e o que sou
Nada importa
Se nesse contexto
Não estás presente.


Guerras eu travei
Travei guerras
Comigo mesma
Quem eu desejaria ser.
A partir de sua presença
Ardida, desafiante, limitadora.


A liberdade,
Bateu asas afinal,
Deixou-me aqui
Presa a nossa realidade.


Chorar? Blasfemar?
Cobrar da vida,
Cobrar do plano
Mas dividas são dividas
Devem ser pagas...


Bom!
Vamos recapitular,
O filho planejado adormeceu.
Um filho diferente nasceu


O que fazer?


Choramingar, praguejar, culpar! A quem?
A mim mesma talvez.
Impossível...
Uma flor azul é diferente
Mais é linda.
Mudasse a aparência
Mas jamais a essência.

Vamos então reescrever
Nossa história, nossa lida
Ufa, haja cansaço
É um corre, corre
Você se esquiva,
Vive a quilômetros de mim.

Haja perna, haja esperança.
Mas passaram os anos
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura,
Diz o velho provérbio.


Mas o olho do furacão já passou
Eu envelheço e você amadurece
E a vida não nos escraviza mais
Passa como o tempo...




Contado para nos ensinar.
Que na continuidade das horas
Um dia, eu irei, tu irás
E como na roda do destino
Ninguém fica perdido no nada.


Um dia será assim,
Leremos no livro da nossa existência
Entendam...
Se não tivesse sido assim
Como teriam aprendido?


Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz
Mãe de um rapaz autista.

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