A chuva cai
Há dias...
Essa sensação de frio
Que vem da alma.

Essa umidade que vem
Do olhar...
Alguma lágrima fugidia.
Congelante é a solidão...


Do que mais sentimos falta?
Se fizermos uma lista
Não daria num livro.
Mil páginas vazias...


A brisa fria penetra a pele
Recuso-me a me cobrir.
Recuso-me a desengavetar
Minhas blusas de lã.
Nem chegou o inverno.


Essa sensação de neve
Que toma meu pensamento.
Não, não vou viver friamente.
Cadê o sol do nosso olhar?
Cadê a nudez da nossa pele?


Quase nada precisamos
Quase tudo nos falta
Quando queremos demais
A perfeição...
Que ainda não podemos alcançar!


Não vá sonhador...
Não leve contigo meus sonhos...
Não vá moça de olhar triste
Deixe-me enxergar neles alguma alegria.


A! Esses dias de frio.
Onde os pesadelos invadem
Nossas madrugadas,
Contamos as horas


E o dia demora a chegar.
E mais uma vez a chuva
Cantando no telhado
Mas há alguma esperança
Nas rosas banhadas pelo orvalho.

A vida precisa de poesia.
De jardins, rios e mares.
A vida precisa de frio, calor
Mas também precisa de muito amor.


O que nos restará, se ele se extinguir de vez?
É esse amor que nos faz continuar...
Será na roda da minha existência?
Que eu perdi seu paradeiro.


Mas em todas as fases da minha vida
Somente esse amor me fez sobreviver...
Não creio que se prolongará esse desalento.
De chuva e frio.


Quase meio dia
E por entre as nuvens
Num esforço sobrenatural
Aparece o meu amigo Sol...
Vem tímido, mas como me faz feliz!


Autora;
Liê Ribeiro
Paz e luz...

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