Eu ainda Carrego uma esperança!
Eu ainda carrego uma esperança
Essa que me faz levantar todos os dias
Essa que me impõe levantar a cabeça
Limpar as lágrimas e seguir.
Eu ainda estou aqui, bravamente
Tentando defender minha cria...
Feroz felina,
Que pede somente mais um tempo
Um tempo maior para proteger o filho.
Mas quantas pedras no caminho
Quantos medos insones.
Não há mais esconderijo
Que possamos nos esconder.
Meu filho já olha e vê as coisas ao seu redor.
O que ele vê?
Porque sua sutileza, sua grandeza
Não pode ser enxergada
Somente sua deficiência?
Meu filho aprendeu a não gritar para ter as coisas.
Quantos perdidos em si mesmos
Ainda o fazem e precisam ser ajudados.
Mas isso é engraçado?
Eu ainda espero pela redenção da humanidade
Para abrigar os seus anjos
E os proteger, quando suas mães se forem
Eu ainda rezo em silencio.
Para que o pai nos conceda
Um mundo regenerado
Onde aqueles frágeis de corpo e mente
Recebam a dádiva do amor sem maculas.
Pois a verdadeira cura
Muitas vezes não é o da matéria
A cura é da essência humana.
Que nesse mundo moderno
Muitos perderam...
Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista/22 anos.
Adorei o poema! Principalmente do final, que nos leva a refletir. Sou espírita e acredito que nossos meninos autistas vieram pra cumprir uma missão: de nos ensinar e muito como pode ser o mundo visto com os olhos deles: um mundo mais concreto, mais verdadeiro, com uma boa alimentação, respeito as diferenças, etc. Lu é meu pequeno grande mestre! Beijos!
ResponderExcluirOi Karla, também sou espirita, e a doutrina me trouxe a dimensão exata da grandeza do meu filho e da minha pequenez diante dele.
ResponderExcluirbeijos Lu e em você
Liê Ribeiro
paz e luz