Um dia de Frio!





Hoje eu lembrei nitidamente
Da minha adolescência
Como não ter nostalgia
Nessa sociedade fria e apressada.

Hoje eu quase chorei
Saudade de pessoas e fatos
De imagens e musicas
Rostos e formas...


Nossa hoje eu quase
Abri meu baú de fotos
Quase li cartas amareladas
Lembrei coisas
Que já havia esquecido


E pessoas que esperam
Algo de mim...
Eu que de mim às vezes fujo
Hoje o frio quebrou minhas resistências
Não gosto da solidão do frio
Não gosto do seu sabor de iceberg.


Chá quente, corpo frio.
Alma quente, pele fria.
Hoje eu quase dancei
Para minha tristeza.
Vamos caminhando

E tantos que ficaram pela estrada
Não podiam ficar
Pessoas tão importantes
Não podiam nos abandonar


Que direito tenho de reclamar
A regra é para todos
Mas hoje eu estou
Naquele dia de individualidade
Para mim poderia ser diferente.

Passos, quantos caminhos perseguidos.
Queria descansar minha mente
Em alguma leitura romântica
Cavaleiros e cavalgadas
Amores recheados de eternidade


E o pé na estrada
Mas o mundo está gelado...
O frio dos olhares que se esquivam
As mãos que se fecham para outra
A pedir somente um carinho...


Quem nunca amou?
Quem nunca esperou pela palavra amar
Quem nunca acreditou
Na felicidade como meta...


Sim mas o vento norte
Rouba a esperança
O vento sul traz de volta
E o que importa
É ter algo por lembrar


Ter alguém por amar
Ter a vida para viver
Pois há dias de dores intensas
De saudades sangrentas.

Mas com certeza
Haverá dias de alegria
Um dia escrevi
Que felicidade
Era somente a união
De Feliz com cidade


Só a encontraríamos
Quando nos libertássemos
Do obvio, do preconceito.
Quando déssemos o primeiro passo
Uma chance para nossos corações!

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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