O vicio da Poesia!



Eu bebo a poesia.
Como quem
Pretende engolir
Toda uma cachoeira.

Quem dera fosse
Assim com a vida
Poucas pretensões
Para uma pessoa.

Enquanto todos correm
Para a mesma direção
Eu ando lentamente
No sentido contrário.

Hoje briguei com minha sombra
Que pousou longe do sol
Terra úmida, mundo frio.
Temo a geleira dos sentimentos.
Vejo as águas querendo lavar
O mundo das nossas incoerências.
Afinal temos destruído
Sua maior riqueza...

Nesse instante,
Eu como uma maçã
Como quem espera
Pelo pecado original.
Equívoco...
Se for pecado não é nada original.

Hoje me disseram que sou viciada
Na arte da poesia
Mas minha alma parece
Um campo a ser germinado
De muitos sentimentos.

Em tudo os meus olhos se aprofundam
Mesmo que a minha mente
Não se prenda nos detalhes
Eu sei que eles estão ali.
Como num labirinto
A ser desvendado...

A poesia me dá a ilusão de liberdade
Que jamais provei de perto...
A poesia cria asas imaginarias
Por onde vôo sem medo de cair...

E se eu me aquieto num canto
Pronta para esquecê-la
Ela me pega pela mão
Senta-me numa grande montanha
Eu me sinto rendida
Completamente envolvida
Pela doce e amarga, POESIA!

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz...




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