O Poema é longo, a vida é curta!



Eu fui caçar palavras
Para formar meus pensamentos.
Cansada de pensar
Resolvi sentir
Cansada de sentir
Resolvi esquecer.

A luz do sol
Na fresta de minha alma
É fria a vida da humanidade.


A cruz do destino.
Carregue a tua,
Carregarei a minha.
E se eu perder as forças
Cubra com nuvens
Meu ser esquecido.

Na verdade,
Somos retalhos
Pequenos de sentimentos.


O silencio forjado
O olhar distante
O dialogo inverso
Pois nós não conversamos mais.

O poema esquecido
Dentro do nosso interior
Tantas falas, tantas subjetividades.
A cura da humanidade
Nas mãos de poucos cientistas.


Cuidado,
Tu és o que come!
Cuidado
Tu és o que fala!
Cuidado
O mundo se deteriora.


Tudo faz mal...
Tudo aniquila sua chance
De ser gente,
Entre aspas; normal...
Não vejo solução?


Mas eu sou poeticamente teimosa
Não desejava mais escrever por hora.
Esquecer a poesia na gaveta
Do meu pensar e lá enterra-la.


Quem sentiria falta?
Não se tem tempo para sentir.
Nem ao menos enxergar o outro em si...
O que é feio?
O que é bonito?
Compra-se com papel.


A vida árida da realidade
Vai corroendo as pessoas
E elas nem percebem.
O valor calgado no ter.
E o ser desaparece
Como um fantoche a beira do abismo.


Mas eu me debato
Como um peixe fora da água
Nada poderei mudar no mundo.
A poesia não tem esse poder.


Grão de areia a se perder no grande mar...
Corra poeta,
Que a onda da descrença
Quer te pegar.
Corra até o alto de uma montanha.


E ore, ore.
Para que algum dia
Qualquer dia
Se o mundo não desaparecer por completo
Uma geração de humanos
Realmente habitem o universo!


Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz...

Comentários

  1. Perdeste teu refúgio nas montanhas,
    já não podes subir, já não podes fugir.
    Mas, mesmo sem lugar, não perdeste o sonho de uma humanidade melhor.
    Vc sabe do que falo.
    Belo poema!

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