Poema lado a lado!
Escrever
Oficio de dor
Caro Drummond
O sonho
Num quarto vazio
O planeta
Sem oxigênio
Sem caneta para escrever
Sem dia
Para amanhecer
Que dor, poeta!
Os lírios
Que já não existem
O amor
Que não sentimos
Falta inspiração
O filho que perdemos
Para realidade do destino
A vida seca
Como a terra do sertão
A! Meu poeta
Como rimar tanta dor
O progresso corroendo
Qualquer sentimento de amor
Cansada vou dormir
Preciso esquecer
Por um momento que sou Poeta!
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.
Haverá sempre um recomeço
Recomeçar do nada
O acaso que nos aproxima
A vida que nos espera
Do lado de fora...
A flor que nasce na calçada
Os olhos que se fecham
Para adormecer o medo
São os mesmos que se abrem
Para ver outro mundo.
Mesmo em meio ao caos
Haveremos de recomeçar
A prosa está boa
Mas preciso retomar o caminho
Rever rostos conhecidos
Esquecer de outros
Não sei seu nome
Mas seu olhar não me é estranho.
Na foto amarelada sou eu mesma.
Um pouco menos vivida
Atrevida em poetizar os sentimentos
Colocá-los desordenados no papel
Mas tudo é um recomeço
Nessa manhã fria de primavera
Essa mão aflita de poesia...
Relembra a todos
Mesmo na realidade da morte
Haverá sempre um Recomeço!
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.
Vamos, não chores.
ResponderExcluirA infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua...
...Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
Lindo Drummond
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