A dor não Pune, Oportuniza...
A complacência
Gerada Por uma vontade
Errante de perdoar
Náufragos
Os seresImergem para a solidão
Não confiar em alguém
O mais dolorido dos sentimentos
Meu filho confia inocentemente
Em tudo, em todosOvelha em meio aos lobos
Mas ele tem sua armadura
Quase intransponível.
A miséria humana
Não é de bocas famintasÉ ver o sorriso dissimulado
De quem poderia amenizar o sofrimento alheio
E pouco faz...
Nada me têm
Nada me seduzTalvez o silêncio das bocas.
Talvez a esperança das manhãs.
Nada me induz
A fugir daquilo que acredito
E eu acredito no poder internoDo meu filho autista
Acredito no seu pensar fugidio
Livre das nuanças maldosas
Livre do matutar vingança...Injusto não é o seu autismo
Injusto é sentir o escárnio
Por sua pessoa lúdica
Pois a dor não pune
A dor oportuniza o aprenderE se o meu filho
Só tem essa passagem
Que ironia do destino.
Mas eu não sinto dessa maneira.Se assim for que ela seja feliz
Que ela seja de crescimento...
Mas eu sei que nessa escola
Muitas vezes dolorida do autismoSeu diploma
Será reconquistar muitas outras chances
Se for ilusório esse meu pensar
Então me deixa chorarPor uma realidade
Que eu não posso mudar!
Liê Ribeiro
Mãe do Gabriel/autista.
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