Qual a cor da Tristeza?
Não é fácil reorganizar os pensamentos
Não é fácil rever conceitosEliminar mofos internos
Amadurecer requer sutileza
Mesmo com toda tecnologia
É um caminho sem volta...Segue-se, mesmo que o tempo
Imponha-nos alguma trégua
Pequena casa, nada mais
Outra pedra filosofal, precisamos.A palavra pode ser edificante
Mas pode ser dura...
Mesmo regando com lágrimas
A paciência é uma experiência rara.
Não á fácil entender
Que nada nos pertence definitivamente.
Sempre algo a ser fazer
Sempre algo para preencherEsse vazio de almas que vaga pelas ruas
Esse vazio de olhares que não se vêem
Esse vazio de amor que quase não vimos.
Não é fácil ver extinguir a esperança
Tantos seres humanos Que perderam a roupagem humana.
Vagam por nossas consciências
Como fantasmas a nos inquirir
O que fizemos da vida?O que fizemos da tolerância?
Onde aprisionamos nossa solidariedade?
E as armas se espalham
E as flores desaparecem...Qual a cor da tristeza?
A! Essa poetisa cansada
Que só queria ver amanhecer a ternura.
Autora
Liê RibeiroMãe de um rapaz autista.
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