Amor e Guerra!



Não tenho nada de novo a dizer
Retomei o caminho das letras
Mas as palavras custam a sair.
O exercício do pensar...
Pensar, no que? Para quem?

Fazer do real algo lúdico
Reinventar um novo começo
Quem estará nele?
Não podemos voltar o mesmo passo...

Mesmo errado, já foi dado
Li, por horas Bertolt Brecht
Soldado, a luta não acabou
A humanidade continua desumana

A verdade perdeu o sentido
Hannah, a cerca que separa
Há crueldade da bondade
Ainda não foi derrubada

Outros modos de tortura
Dura cidade de pedra
Querem esperança? Plante alguma
Nessa Terra árida, nessa vida seca.

Regue com lágrimas porque não?
Chaplin, os ditadores estão por aí...
Vestem pele de cordeiro
E esperam por suas presas.

A inocente credibilidade de um mundo melhor
Madre Teresa de Calcutá
As feridas de uma sociedade preconceituosa
Continuam a matar...

Primeiro as crianças, depois os velhos, as mulheres
E os deficientes, os diferentes, os que não  se enquadraram...
Peças descartáveis nessa maldição da guerra.
Amigo Gandhi, talvez a luta não tenha sido em vão...

Mas quantas vidas ainda morrerão?
Para alimentar os ditadores?
Eu estou cética hoje
Mas a vida às vezes é assim
Altos e baixos

Dói-me demais a incoerência
A impotência de mudar o rumo
Da minha própria vida...
E esse abismo que todos estão...
Cuidado, um sopro e todos nele cairão!


Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.

Comentários

  1. Hannah foi mais uma vítima,
    mais tarde emergiu da escuridão,
    sua maior vitória foi encontrar
    o que sempre buscou.

    ResponderExcluir
  2. Verdade, Hannah sempre acreditou que encontraria...
    Obrigada

    ResponderExcluir

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