Atos e Palavras!
Não tenho medo das palavras
Elas podem até ser frias e durasMas de alguma forma nos faz pensar
Mas me apavoram os atos
Que nascem de uma palavra.
Sejam eles de desdém
Sejam eles de mau caráterPosso esbravejar minha incoerência
Mas não condenarei meu semelhante
Para simplesmente alimentar meu ego.
As curiosidades da alma me inquietam
Esse acomodar coletivo...Vendo o mundo se deteriorar pela ganância
Corrói dia a dia minha alegria.
Será que sabemos o que é fugir da dor?
Da arma, da guerra, da selvageria humana?
Se tudo acabar nada levaremos
Fugiremos como ratosEm busca de alguma migalha para sobreviver
Pouca coisa de material corroída pelo tempo, salvaremos.
Mas mesmo os detentores de toda riqueza
Mal terão tempo de recolher seus bensEntendam de uma vez por todas
Não há riqueza que salve uma vida
Da sua derradeira partida...
Nem existe riqueza verdadeira
Enquanto muitas pessoas morrem de fomeMorrem nas guerras
E crianças são impedidas de ter infância
Nada, nada vale mais.
Do que ver uma boca alimentadaUm corpo aquecido
Um olhar de esperança
Por isso a palavra pode edificar
Pode maltratar...Pode até jamais voltar à boca
Mas um ato de maldade nascido de uma palavra
Muda todo curso da humanidade...
É o principio do fim.
Liê Ribeiro
Mãe do Gabriel/autista.
01/08/2012
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