Nosso sol Particular!


Nada,
Nada que digas,
Amenizará esse coração,
Dolorido de amar.
Nenhuma palavra
Caberá,
Nesse instante
Que somente a dor
Aninha-se em meu leito.
Dura realidade,
A tempestade que corta
O infinito em duas metades...
Como se o céu se abrisse...
Aberta a ferida,
Dou-me por vencida
Que me corte o relâmpago
Que me faça meia
De uma parte inteira que se foi.
Dou-me o direito de enfraquecer,
Dou-me o direito de ser humana
Dou-me o direito de chorar por horas
Como se a chuva do lado de fora
Fosse apenas um pingo
Diante do meu pranto...

E no cansaço do corpo
E da alma entrego-me...
A inércia da solidão...
Nessa noite que urgi...
Nesse mundo de hipocrisia...
Escondo-me na poesia...
Aconchego-me nas recordações,
E assim adormeço como se morresse.
Mas a vida continua...
Pois pela manhã, um lindo sol...
Em minha janela sorri,
Como se dissesse:
Acorda,
A morte é o despertar para
Uma nova jornada...
E todo dia a tardezinha
Morro para deixar a noite chegar...
Mas mesmo que às vezes não me veja,
Mesmo que amanheça nublado...
Por detrás do infinito estou...
Entendi, naquele momento,
Que em todos nós,
A fragilidade não é uma fraqueza.
Que a força de todas as coisas
Não está no que podemos tocar.
Está na essência de um sol particular
Que se quisermos, dentro de nós brilhará!

Autora:
Liê Ribeiro
Paz e luz

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