A paz e a poesia!


 
 
Nesse momento de calmaria
A falta de chuva
A cair na grama, no jardim.
Em nossa alma...
O mundo seca...

Lavar a roupa suja
Limpar o caminho
Acreditar no presente
Espanar a poeira

Presumir o futuro de quimeras!
Não é para o poeta
Percorrer passos gastos.
O portal e o acesso ao paraíso
Que jamais existiu...
Todas as janelas abertas

O voo da Borboleta
A falta de um novo olhar.
Tirar a roupa envelhecida
Jogar fora velhos conceitos

Tomar um banho
Emergindo do mar
Alguma estrela a brilhar
Nessa vida cansada e curta.

Quem roubou nossa credibilidade
Poderia devolver.
Os valores distorcidos
Por uma humanidade sem humanos
Tudo é valido, quase surreal.

Do que vale tanta ganância?
As bravatas...
Onde se faz de tudo
Por um poder apodrecido.

Mesmo assim vou sonhar
Com o horizonte
Algum lugar que eu possa
Ver finalmente a face da paz.

Autora
Liê Ribeiro
Poetisa
18/10/2012.

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Acredite
Odeio roda gigante
Nada que seja muito alto
Nada que gire violentamente
Minha mente
Não suporta a lentidão do pensar.

Acredite
Assim é viver com você
Um dia a calmaria
Outro um turbilhão de vozes

Acredite
Não há solução por hora
Para sua problemática
Não posso devolver
O que a mim foi designado.

Acredite
Nada é por querer
Mas mesmo assim
Vivemos magoando uns aos outros.

Eu pensei
Que pararia de escrever
Mas mesmo que eu não pense
A poesia pensa por mim...

 
Autora
Liê Ribeiro
Poetisa/mãe do Gabriel/autista.
18/10/2012.

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