O padecer do Sonho!
Se
me perguntarem
Do
que padeçoDirei
Que padeço por sonhar.
Sonhar
com um novo amanhecer
Onde
a paz é realSonhar que a cura da nossa matéria
Vem de dentro e não dos remédios
Sonhar
que todos verdadeiramente são irmãos
Sonhar
que se extinguiu toda maldadeParece utópico demais.
Mas é assim o pensar do poeta
Seu
ideal de mundo
Não
é um paraíso insosso Mas uma relativa compreensão do amor
Onde os valores não se medem pelo ter
Mas pelo aprendizado de como ser
Ser
menos egoísta
Ser
menos individualistaSer menos exigente
Consigo mesmo e com os outros
Ser honesto e não achar isso vergonhoso
Ser humano sem querer ser herói
Viver
nessa cidade de aço
Já
um ato de coragem Não precisamos provar nada a ninguém
E a nós compete acreditar
Que apesar de repetentes
Na arte viver
Um dia aprenderemos
A dor não é punitiva,
Mas oportuniza o aprendizado.
Um dia, enterrarei meu corpo.
Não terei herdeiros
Nem deixarei netos.
Mas deixarei meus poemas
Alguns poucos amigos...
E meu único filho autista
O verdadeiro legado da minha vida!
Autora
Liê
RibeiroPoetisa, mãe do Gabriel/autista.
25/10/2012.
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