Poema da Espera!
Não
posso ganhar do tempo
Ele
para ti é o dia, o mês, o ano.Nenhum significado simbólico
Real como objeto concreto.
Segue...
Mas você nem percebe!
Que
ironia
Para
a mãeEle é terrivelmente cruel
Aprendemos e desaprendemos
Irremediavelmente
Para
ti o pesarÉ colocado tudo em minhas costas
Sofrerei por ti
Morrerei por ti
Mas não posso viver seu autismo por você.
Passarei
como tudo passará
Até
você...Mas o quanto aprendemos
Um com outro...
Você
a compreender minhas falhas...
Eu
a não questionar o seu serVocê a me olhar pedindo as dicas
Dessa vida
Cheia de altos e baixos
Regras e limites
Simples
e ao mesmo tempo
Complexa
como a nebulosaMas como o acaso é terrível
Pela lei da natureza
Sua pessoa já seria extinta
O mais fraco sucumbindo ao mais forte.
Mas
há uma lei que é imutável
E
que Darwin esqueceu de catalogarA lei do amor...
Se eu quero eu tenho
Se eu for amado eu resistirei à dor
Eu vencerei meus próprios obstáculos.
A
trava dos olhos
É
procurar no externo as respostasQue estão dentro de nós próprios
Arrancar essa trava sangra
Mas
o que senti nesses anos todos
É
que resistimos e estamos envelhecendo.O que nos resta nessa lida e nessa luta
Esse amor eterno que o tempo não vencerá!
autora
Liê Ribeiro
mãe do Gabriel/autista.
11/10/2012.
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