Poema:  Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Não, eu não posso reorganizar o mundo para você.
Eu não posso incutir nos olhos dessas pessoas
A visão da perfeição dentro da deficiência
Ninguém enxerga além da visão material.

Não eu não posso vencer as duras chicotadas
Que a vida nos dá
Mas posso resistir por você,
Vergar mais nunca quebrar

O autismo tirou suas asas
Não posso joga-lo ao mundo
Os predadores o devorarão
Mas tenho fincadas em mim as raízes
Profundas de um amor incondicional
Nela me apego, para não murchar.
Para não apodrecer na desesperança

Vencido  mais um dia,
Vamos seguindo, ninguém pode nos guiar.
Nem caminhar nossos passos.
Às vezes parecemos sós como o silêncio da madrugada

Alguns fingem te querer bem
Para obter alguma vantagem
Mas não me deixo enganar
Você me ensina que só há verdade
Na inocência que você transmite! Meu filho autista.

Autora
Liê Ribeiro
Mãe do Gabriel/autista.

21/09/2014

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