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Mostrando postagens de janeiro, 2012

A dor não Pune, Oportuniza...

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A complacência Gerada Por uma vontade Errante de perdoar Náufragos Os seres Imergem para a solidão Não confiar em alguém O mais dolorido dos sentimentos Meu filho confia inocentemente Em tudo, em todos Ovelha em meio aos lobos Mas ele tem sua armadura Quase intransponível. A miséria humana Não é de bocas famintas É ver o sorriso dissimulado De quem poderia amenizar o sofrimento alheio E pouco faz... Nada me têm Nada me seduz Talvez o silêncio das bocas. Talvez a esperança das manhãs. Nada me induz A fugir daquilo que acredito E eu acredito no poder interno Do meu filho autista Acredito no seu pensar fugidio Livre das nuanças maldosas Livre do matutar vingança... Injusto não é o seu autismo Injusto é sentir o escárnio Por sua pessoa lúdica Pois a dor não pune A dor oportuniza o aprender E se o meu filho Só tem essa passagem Que ironia do destino. Mas eu não sinto dessa maneira. Se assim for que ela seja feliz Que ela seja de crescimento...

Amor Incondicional!

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Só há uma justiça É a do amor Se a humanidade soubesse Amaria incondicionalmente Cada pedaço desse planeta belo Cada rosto desconhecido Cada ser nascido para evoluir. Doaria seus braços Para um braço solitário O amor não condena, absolve... O amor não agride, acalenta... O amor cola corações trincados Muda a rota de uma alma dolorida O amor não vem nas notas Nem em carrões... O amor nasce no subterrâneo Da nossa própria consciência Por amor deveríamos limpar nossas mágoas Por amor deveríamos rever os conceitos Amar mais as pessoas, menos os objetos Por amor, poderíamos mudar o mundo Nosso próprio existir mesquinho... Ter olhos de compaixão Atos de solidariedade Rasgar o convencionalismo Escrever um poema dedicando Aqueles que vieram para evoluir Através da sua deficiência A perfeição com o sabor de amor Voltar para casa simples do desapego. Enveredar pela crença suave do saber... Saber-se feliz por descobrir e distribuir O

Poema da Noite chuvosa! Por você eu atravesso todas as tempestades...

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Estou inquietamente antiquada O presente quem conseguirá decifrá-lo? Um friozinho entra pela fresta da janela Tudo úmido, mundo inundado Pessoas recolhidas... Vou ler um poema... Vou compor um devaneio Numa ilha deserta Levaria papel e caneta Um bocado de esperança Para espalhar pelo oceano Estou precisando de uma noite estrelada De lua plantada bem perto do meu olhar Rezar aos Deuses Que a vida simplifique-se em inspirações. Transpiração cabe bem nessa noite... Ao poeta cabe buscar brechas Entre o ontem ensolarado e o hoje chuvoso Para sobreviver ao dia... Meu coração perscruta rumores de dores Por quê? Porque procurar agulha no palheiro As soluções estão dentro de nós... O que vejo é o que sinto Queria estar perto e estou longe Queria olhar para cima Mas meu olhar se fixa ao chão. Para que? Se eu irei sozinha, onde posso chegar? Diga-me... Quem é feliz sozinho? Quem descobriu o caminho dos

Qual a cor da Tristeza?

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Não é fácil reorganizar os pensamentos Não é fácil rever conceitos Eliminar mofos internos Amadurecer requer sutileza Mesmo com toda tecnologia É um caminho sem volta... Segue-se, mesmo que o tempo Imponha-nos alguma trégua Pequena casa, nada mais Outra  pedra filosofal, precisamos. A palavra pode ser edificante Mas pode ser dura... Não é fácil plantar em solo árido Mesmo regando com lágrimas A paciência é uma experiência rara. Não á fácil entender Que nada nos pertence definitivamente. Sempre algo a ser fazer Sempre algo para preencher Esse vazio de almas que vaga pelas ruas Esse vazio de olhares que não se vêem Esse vazio de amor que quase não vimos. Não é fácil ver extinguir a esperança Tantos seres humanos Que perderam a roupagem humana. Vagam por nossas consciências Como fantasmas a nos inquirir O que fizemos da vida? O que fizemos da tolerância? Onde aprisionamos nossa solidariedade? E

Glória ao sol!

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Sai tímido o sol frio A sombra da chuva Ainda o amedronta A umidade da terra A solidão das ruas A enchente de sobras Sobra rancor, falta amor Sobra egoísmo, Falta compartilhar Despertei irritada A noite castiga Quando não a vencemos Esse vento prenuncia mais chuva Precisamos de uma trégua A qualquer momento Vencer a obvia monotonia... O mofo interno da nossa indiferença O sol não sai feliz. Pois ele precisa vencer tantas nuvens Precisamos vencer nossas limitações O eco vazio de uma voz solitária O mundo carrega tantas dores Ele precisava ter mais esperança A mente insana do poder pelo poder Quem vence a inglória da guerra? Quem é o verdadeiro herói da paz? Nessa guerra cotidiana? Mediana civilização fadada à extinção... Sou poeta do verão, escaldante alma Quebrando o gelo desse iceberg diário Onde nos colocamos Para vencer os passos, s omente voando Para vencer o medo, só amando Para vencer a descrença a fé A fé em nós mesmos e na vida! Au

Ano Novo, Chuva lavando o caminho!

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Nessa primeira manhã De um novo dia Há dias chove Há dias o céu chora Talvez para limpar Todas as mágoas de ontem O ano que passou Calma chuva mansa. Uma saudade permanece Uma esperança precisa Vencer as enchentes do descrer. A escuridão precisa ser alvejada Uma preguiça de vida Uma moleza de amor Quem vai ao longe? Quem vem lá do horizonte? Sua sombra a chuva lavou Seu rastro nem as estrelas guardaram. Um caminho de espinhos Devemos atravessar Valente todo mal abater Vencendo primeiro O mal que ainda habita Em o nosso próprio ser Escondida a alegria Espera pelo sol toda nuvem vencer Mas ele há voltar, creio Há de voltar aquele brilho Que um dia eu avistei em teu olhar Eu sei, há de voltar... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.