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Mostrando postagens de agosto, 2012

Tanto a aprender, pai!

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    Eu preciso de um tempo Quebrar laços Custam vidas Desejar igualdade Peca por egoísmo puro O direito ao melhor da vida É direito nato... Ninguém nasceu para sofrer Porque simplesmente é herdeiro De um falso pecado Conte-me porque devo pagar Pelos erros dos meus pais? Devo receber o pago do que não fiz. Se eu penso em direitos para todos Então tenho que me colocar isenta De julgamentos e fantasias... O que devo é o que eu pratiquei Responsabilidade total e irrestrita De minha pessoa, pagarei De alguma forma.   Quem se acha desobrigado De respeitar nossas diferenças Estude a verdadeira história da humanidade Minha prosperidade não depende da minha fé Depende do meu trabalho... Minha fé é toda a minha existência Minha elevação, minha humildade, A verdadeira caridade. Pois fora da caridade a religião é falha. O verdadeiro religar ao pai... Aquele instante de silêncio E em silên

Nossa Redenção!

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Eu vim só para escrever Que não farei concessões Á certas situações... Se eu ceder O que eu farei de você? Meu algoz diário? Antecipo o futuro Mas não posso vivê-lo hoje O passado passou Mas deve ficar em nós todo aprendizado. Não há ponto final em nossas vidas Quantas reticencias e vírgulas Interrogações quotidianas E supostas respostas Que pingam aqui, ali... A receita da felicidade Ingredientes que ninguém conhece Quanto menos eu... Mas o amor não pressupõe Aceitação de toda limitação Quadros e formas Que desconheço O que persigo, todos perseguem. Momento de paz... Alguma harmonia no caos da nossa lida O que temo, todos temem. E se eu não der conta, quem dará. Mas preciso preparar o caminho Nele há espinhos Há cansaço, mas há esperança. Afinal mãe de autista é persistente Verga mas não pode quebrar. Escavar em ti e em mim Nossas próprias resistências O amor é po

Nosso sol Particular!

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Nada, Nada que digas, Amenizará esse coração, Dolorido de amar. Nenhuma palavra Caberá, Nesse instante Que somente a dor Aninha-se em meu leito. Dura realidade, A tempestade que corta O infinito em duas metades... Como se o céu se abrisse... Aberta a ferida, Dou-me por vencida Que me corte o relâmpago Que me faça meia De uma parte inteira que se foi. Dou-me o direito de enfraquecer, Dou-me o direito de ser humana Dou-me o direito de chorar por horas Como se a chuva do lado de fora Fosse apenas um pingo Diante do meu pranto... E no cansaço do corpo E da alma entrego-me... A inércia da solidão... Nessa noite que urgi... Nesse mundo de hipocrisia... Escondo-me na poesia... Aconchego-me nas recordações, E assim adormeço como se morresse. Mas a vida continua... Pois pela manhã, um lindo sol... Em minha janela sorri, Como se dissesse:

Não sou sua amiga, preciso ser sua mãe!

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Eu não sou sua melhor amiga, filho. Porque preciso ser a melhor mãe que puder. Á distancia entre uma e outra É muito grande... Algo de DNA, de semelhança. De compromisso... De dor e de alivio. Se eu me for, parte de mim. Ficará em você Parte de você eu levarei Isso não pode se medir Pela simples composição romântica Da amiga substituindo a mãe. Não quero ser sua amiga Pois a divindade de ser mãe É muito maior... Uma responsabilidade de vida De doação e de eternidade. Quando você diz mamãe, mamãe. A nossa ligação fica quase completa Pois a não compreensão lúdica da palavra. Não lhe impede de encontrar-me. Entre tantos estranhos amigos... Não há igualdade Não pode haver Entre uma e outra. Ligação eterna Que nem a morte pode romper Quando o amor de uma mãe E do seu filho autista Vence a si mesmo. Então me deixa ser mãe Talvez numa outra encarnação Eu venha se tanta responsa

Atos e Palavras!

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Não tenho medo das palavras Elas podem até ser frias e duras Mas de alguma forma nos faz pensar Mas me apavoram os atos Que nascem de uma palavra. Sejam eles de desdém Sejam eles de mau caráter Posso esbravejar minha incoerência Mas não condenarei meu semelhante Para simplesmente alimentar meu ego. As curiosidades da alma me inquietam Esse acomodar coletivo... Vendo o mundo se deteriorar pela ganância Corrói dia a dia minha alegria. Será que sabemos o que é fugir da dor? Da arma, da guerra, da selvageria humana? Se tudo acabar nada levaremos Fugiremos como ratos Em busca de alguma migalha para sobreviver Pouca coisa de material corroída pelo tempo, salvaremos. Mas mesmo os detentores de toda riqueza Mal terão tempo de recolher seus bens Entendam de uma vez por todas Não há riqueza que salve uma vida Da sua derradeira partida... Nem existe riqueza verdadeira Enquanto muitas pessoas morrem de fom