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Mostrando postagens de janeiro, 2013

As Tragédias!

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Não proclamo Aos setes ventos O que vou fazer O hoje repleto De vazios por preencher Uns quase impossíveis A Verdade é a cara da mentira Que muitos acreditam O que peca é o que Pede perdão por existir Altos e baixos Fazem parte... O que aprendemos É o que não ensinamos A tragédia não é a morte em si A tragédia a perda dos valores Éticos, morais, humanos... O que vale é a cifra do final do dia... Mas e se o dia não chegar? E se toda esperança acabar? O fundo do poço para humanidade O raso modo de pensar Que permeia todas as esferas E a bondade que luta para não morrer Junto com toda vida ceifada Pelo desinteresse do existir alheio. O que é sorrir? O que é ser feliz? Em poucos minutos a tristeza Parece infinita e definitiva... Eu não me calei... É que a poesia precisa remoer Os mais profundos sentimentos Para emergir sem cicatrizes A vida após a vida é um alento.

Meu filho é intocável!

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Meu filho é intocável Por que seu mundo É repleto de anjos Que os medíocres Não podem alcançar Meu filho é intocável Porque sua mente Vaga por espaços Que nossos pés fincados Ao chão jamais caminharão Meu filho é intocável Porque ele não se resume matéria Perecível e limitada Ele transcende aos que pensam decifra-lo. Meu filho é intocável Porque as palavras vazias Refletem a alma vazia De quem as escrevem Sim, para todo pai. Que sabe o que é amar um filho Por ele morre Por ele renasce Por ele cava trincheiras E segue mesmo em frangalhos. Sim para todo pai Que sabe o sentido exato De ter um filho autista Ele sempre será um ser intocável Porque o outro se puder o machucará Porque não são as palavras que o atingi São os atos por detrás das palavras. Então ele sempre será uma criatura a ser protegida!   Autora Liê Ribeiro Mãe do G

Meus passos!

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Não vou por ai Prefiro as marcas dos meus passos Tor tors , irreais, mas f irmes O caminho que tracei Que pena quando não há O poder da escolha... Que pena o pensar igual Que pena seguir no final sozinho O pior sentimento É perder a confiança no próximo As artimanhas dos lobos Que matam os cordeiros Vestem sua pele...  E enganam em nome da justiça. Que hipocrisia Crua como carne humana Que nem os urubus comem... Não vou pelo estreito Nem pelo largo Meu livre arbítrio Foi me dado para escolher Não calço os passos de ninguém Não venham calçar os meus A união precisa ser de amor E não de interesses... E o cansaço não é da matéria Mas do pensar fugidio No final das contas O sobejo da vida A única verdade À morte que nos iguala. Autora Liê Ribeiro Poetisa amadora Mãe do Gabriel/autista. 15/12/2013

Nosso Caminho!

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Nós temos nossos momentos de confronto Afinal somos irremediavelmente Diferentes em nossas semelhanças Levo-o para correr em minha raia Haja imaginação... Que vida chuvosa Que pensar úmido Que lágrima insistente Que sorriso é esse que limpa meu olhar  De toda obscuridade humana Preciso salvar minha memória Preciso guardar as coisas maisrelevantes Para provar que as vivi... Ao seu lado tudo jamais foi normal Que deleite para a poetisa O dia já nasce para ser vencido Todas as tempestades Não impediram nossa evolução Não temos muito, mas também. Não levaremos nada. Ter um ao outro deveria nos bastar A continuidade da existência Nossa derradeira esperança Vaso quebrado não se cola A vida não se remenda E o que nasce limitado Precisa de asas emprestadas para voar Sair do casulo E ganhar a liberdade do espírito vencendo a matéria. Autora Liê Ribeiro Poetisa amadora 13/01/2013. Mãe do Gabriel autista.

Somos Estranhos!

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Eu não quero viver exilado de mim... Como é triste viver distante de si mesmo Séculos esperando preencher vazios Que nenhum humano conseguiu Estranhos, somos todos terrivelmente... Estranhos... Quem disse que nos conhecemos bem? O melhor de cada um vive escondido...  Como um tesouro precisando ser descoberto Será que somos piratas de uma vida inócua? Somente um momento de magia Poderia trazer alguma esperança Nessa desesperança coletiva Um toque Bach nesse burburinho de vozes A realidade nada pode fazer por nós Condena-nos a viver o raso da existência Por poucas migalhas de atenção, vivemos. Embora a verdadeira evolução Ainda não chegou... O hoje pode ser melhor que ontem Mas jamais será melhor no o amanhã Se não aprendermos com a dor e com amor. E se a fala não pode ser autêntica Se as respostas não estão nas falácias Que tentam nos impor como verdadeiras Finjamos que acreditamos!

Primeiro Poema de 2013.

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      Qual o segredo da felicidade? Ninguém jamais decifrou Em tempo algum. Se um momento único de paz Visitar-nos, possamos dividi-la. Para que possa voar Para outros lares... Nosso recanto, um abrigo de amor. O despertar para a verdadeira sabedoria Que nasce do silêncio Oscular cada lembrança. O tempo caminha irremediavelmente Para frente... Ficar para trás! Para que? Sim! muitos passarão E nem perceberemos sua partida Outros a dor da saudade Sempre latejará em nossos corações O que ficará de nós? Que seja o exemplo e o discernimento A diferença exata do certo e do errado O respeito por toda raça humana Por toda natureza divina Por todo dogma, Por toda escolha Por toda forma particular de estar no mundo. Autora Liê Ribeiro Poetisa amadora Mãe do Gabriel/autista. 02/01/2013