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Mostrando postagens de junho, 2009
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Eu não tenho mais seu rosto para recordar... Eu não tenho mais momentos para relembrar Tudo se apaga na roda do tempo... Cada dia, cada hora, cada instante Engolido pelas circunstancias... Até as lágrimas secaram... Apenas uma angústia fina, Que lateja em minha alma... Noites e noites... Tudo tão eterno e finito. Meu Deus aonde foi morar o amor? Que não me liberta dessa solidão? E a cada passo a distância aumenta... E o poeta se enterra... Na amargura subterrânea... Nenhuma voz inquiridora Que ao menos acalente a dor... E se? Foge sempre ao controle. Eu preciso me recolher... Meu eu louco e ingrato. Repousará no esquecimento. Essa luta diária para sobreviver... Tudo é tão previsível, Nenhuma rotina tem sabor... Engole-nos e depois nos expeli. Como criaturas que nada aprenderam... O que vale a pena? Eu morreria por alguém exclusivo... Eu daria o pior e o melhor de mim... Quem disse que teria que ser assim? Nenhum médico receitará A fórmula do aprender sem sofrer Nenhum psicotrópico nos
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Você quer cantar, Mas meu canto é triste... Aquela mesma melodia Dia e noite em minha mente... Você quer brincar de ser... E o existir é apenas um estado... Latente de apenas respirar... Sem sentido, o que nos falta? Para somente sermos um espectro De nós mesmos... Você quer correr as ruas... Mas não há um percurso nos seus passos Em você as coisas são instinto e fuga... Você vive pelo alimento e pelo amor. Não acorde, a vida é real demais Para sua alma delicada... Mas se acordares, aprenda cedo Que sofrer faz parte do jogo... Mas nem sempre terá que ser assim. Há tanta beleza nos sentir A poesia arranca de dentro de nós Como se expelisse toda a dor... E plantasse alguma esperança. Talvez você não tenha futuro Mas tem um presente... E se pensarmos nós enlouqueceremos... Vivamos cada dia, um dia de cada vez... Quem realmente pode confiar no amanhã? Plantemos sonhos, afinal podemos... Nada nos custará... E se o amanhã nunca chegar. Saiba que valeu cada virar de cabeça para baixo. Conhece
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A! O que fizeste comigo? Cobriu-me de sombras E depois abriste uma janela... Dói-me a luz do sol... E as regras e os regrados... A! De perto meu filho Ninguém é normal... Eu sei que você me testa todos os dias... Às vezes acho que não conseguirei... Outras eu acho melhor deixar como está... Nesse sentir paralelo, Confesso... Às vezes eu gostaria que fôssemos invisíveis... Nada de olhares tortos. Nem de risos tolos... Nada de mundo a nos julgar... E se tivéssemos a formula da felicidade Decerto, você a sentiria sem culpa... E se eu pudesse lhe daria sem maculas... Nada te atingi, a não ser a falta de amor... É do instinto, o aprender confiar e se deixar tocar... E quando num abraço apertado Eu sinto seu coração acelerado Eu sei que apesar da minha aspereza... Você confia em mim... E no limiar das nossas vidas... Você aprenderá a compreender Essa confusão que é o mundo a sua volta Mas o que a mãe gostaria de verdade... Era que mundo simplesmente o compreendesse... Tudo pode nada pode Nad
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Se eu pudesse faria um varal de palavras O amor tremularia ao sabor dos ventos... Fraternidade alvejadinha a brilhar a luz do dia. Cumplicidade, colorida a enfeitar o quintal... Cadê os quintais? O respeito secaria lentamente abençoado Pelo amigo sol... A amizade eu pregaria com vários pregadores Para que ela nunca se desprendesse de mim. A! Se eu pudesse não ouvira tantas bobagens Viveria em meu próprio habitat. Rodeada de palavras doces A! Não posso deixar de estender bem esticadinho, o sonho... E que todos possam vê-lo... E que todos queiram nele entregar o coração. E como meu quintal não tem portão. Que cada pessoa passe e pegue uma palavra A leve dentro de si... A! Por último Lá bem no meio do Varal A poderosa cocha de cetim chamada felicidade... E que ela cintile eternamente Para quem acredita no poder das palavras. E que o silencio de um dia... Nunca seja o mutismo de uma vida toda. Pois a palavra mais poderosa Não é a falada. É a palavra! Que mostramos com as nossas atitudes No
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Minha Dislexia! Por favor, Perdoe minha dislexia Eu penso no singular E escrevo no plural... Meu coração não sabe escrever Apenas sente... É essa hiperatividade Que o meu cérebro processa as imagens... Faz as palavras se embaralharem e me confundir. Nada eu consigo reter... Penso na velocidade da luz. Preciso parar... Aconchegar-me Na sombra de um jequitibá. Deixar o tempo passar Não ficar lutando contra as horas... Fechar os olhos e adormecer... Mas mesmo em sonho Eu corro, corro e me canso... Quando sentirei a paz? Uma ave ligeira que percorre as encostas Tão longe de mim... Será que não errarei dessa vez! É ânsia de transparecer meus sentimentos Sentir a vibração dos corações leitores... Não sei o que em mim me faz assim, Mas se acontecer me perdoe... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Não existe mais o porto, Poeta Pessoa... Apenas as ruas, e as valas. Não existe mais Um céu de estrelas, Cecília... Só nuvens escuras. Há uma falta imensa De inspiração apaixonada. A ânsia de esperar Pela noite de lua cheia. Não existem amores derradeiros Caro Machado... Nem o príncipe morrera ao lado da amada Meu dramaturgo Shakespeare... Mata-se por ódio, por vingança Por poder, por intolerância. O amor plantado nas entrelinhas Quase desaparece nas estrofes. Não existe mais praças, caro Drummond... Talvez uma bala perdida, Talvez uma vida mal vivida. Mas porque remodelar a dor? Não existe mais o impressionismo Caro Renoir... Nossa vista contempla A contemporaneidade fria e obsoleta. As vias cinzas de olhares mortos. Não existe mais a linha do trem Maestro Vila Lobos... A vida se resume na realidade das estradas. E o romantismo na estação antiga. Dá lugar ao descalabro dos metrôs Abarrotados de pessoas cansadas. Não existe mais aquele personagem Dos nossos sonhos, Clarice... Os castel
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Uma enxurrada de sentimentos... Escorrem pelos nossos olhos Devo cavar bem fundo e enterrar minha dor... Devo escavar e buscá-la lá no fundo... Mostrá-la ao mundo? Existem momentos, Em que todo vazio parece Um buraco sem fundo... Por onde todas as coisas caem e se perdem... Você anda por ruas e as pessoas parecem Indiferentes a sua dor... Afinal, a tanto por fazer por si mesmas Nem a pluralidade do existir cabe nessas linhas... Todo dia é o mesmo dia... Cabe a nós fazer do dia, aquele dia? Aquele que decidimos limpar as gavetas Aquele que decidimos cortar os cabelos... Esquecer que temos deveres E nos dar alguma utilidade própria... Quem é essa pessoa no espelho? Às vezes nem nós nos reconhecemos... E queremos que as pessoas nos enxerguem... Ver, não é enxergar... Olhar não é exatamente ver... Parece conversa de louco. Mas a subjetividade é insana... A normalidade é chata e insípida Não tem sabor de algodão doce... Nem nos faz sonhadores inatos... E a loucura posta à prova... É acredit
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Permito-me chorar todas as lágrimas... Permito-me falar mal da vida... Deixar a angústia doer, até a exaustão... Mas não posso ceder, jamais... Não posso. Não posso... Mas me deixa aqui um pouco no seu colo. Deixa-me derramar as lágrimas no seu braço... Deixa-a escorrer e cair no chão... Todo rio percorrido da nossa vida... Toda trajetória dolorida... A margem do mundo vive você... E a cada passo em minha direção Temo no que verás... Temo ver-me como sou... Tão cheia de falhas... Carrego minhas próprias dores Outrora pudesse refazer Cada passo e concertá-los... Mas não posso, sigamos então... Esse dia que não pára... Essas horas que giram no relógio... Não temos nenhum segundo a perder... Sei, corremos contra o tempo... Permito-me ouvir os impropérios E fazer-me de surda... Finjo não sentir tanto, O que tanto lateja dentro de mim... Mas como não há limites no amor E no amor, toda força nos revestirá... Protegeremos-nos nele... E nada poderá tirá-lo de nós... Pois está encravado e grava
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A! Quantos monstros Tenho que domar Para não enlouquecer Mas a loucura me assombra Em cada manhã, em cada tarde Em noites frias e silenciosas. A bondade é tola, mas quão bela ela é... Faz-nos chorar e arrefecer Exercitá-la requer sutileza Desprendimento e nenhuma esperteza... A! Quantos passos até alcançar-te Eu terei que dar? Meus pés sangram Minha alma se dilacera... Quem dera viver de sonhos... E os monstros se acalmassem dentro de nós... E nada te amedrontasse... E ninguém o maltratasse... E a vida fosse bebida saborosamente aos poucos! A! Às vezes em minha fraqueza humana Eu cedo à dor, deixo ela se achar poderosa Mas logo, visto o manto da maternidade Sei o quanto você ainda precisa de mim... E arregaço as mangas e vou à luta... Soldado sem armadura, Que transpira e chora escondida Para ninguém ver... Somente você, merece Que eu ainda fique em pé... E os que nos acham derrotados Nada entendem o que seja vencer. Vencer é sentir o seu amor diferente Abraçando-me sem eu pedir... Sor
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A eternidade não se mede pelo sofrimento de outrora O verdadeiro amor não pode ser repartido, fragmentado em instantes cedidos O amor tem que ser inteiro, partes que se completam... sem a medida das horas, sem a desculpa das lidas... Sem o acaso do encontro, A! amor quando é amor, vence charnecas... rompe cercas, carrega pedras... oferta flores... Jamais Morre.. Pois o amor não pode viver escondido Pois todo amor é belo... Reflete nas águas um olhar de gratidão... Refaz o trajeto, vê estrelas... Sempre viverá na imortalidade do nosso olhar! Autora Liê Ribeiro com carinho
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Entre, Não repara os papeis Jogados pelo chão São meus fragmentos... Poucas confissões Rabiscos incoerentes Entre, A vida vai jazer... Independente da minha loucura. A existência vai esmiuçando Minha mente Para que ela produza... Não se preocupe em pisar Nas folhas soltas... Minha alma ingênua Não reconhece essas letras Serão minhas ou não... Quem provará? Minhas digitais estão gastas A morte é um alivio para o espírito Entre, Você quer um copo de água? Já estava a tua espera... Um biscoito amanhecido Um café requentado Prometo não lhe oferecerei... Mas não abra a porta Lá fora, toda a neve e uma flor morta... Lá fora todas as minhas recordações... A ruína do meu interior atormentado Mas do que falávamos mesmo? A! Da água, e do café... O bolo, minha cachorrinha comeu... Os fantasmas ainda me assombram Na lareira somente a cinzas, restam... Há tempos não acendo o fogo do existir Mas se queres me entender, não me cobre Pela desordem do meu pensar... Se quiseres recolha os meus cacos... E
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Fazemos escolhas Muitas vezes Que nos entristece Mas a água corre, Rio abaixo. O tempo escorre pelos nossos dedos... E as concessões nos aniquilam... E as poucas horas corroem aos poucos Toda a eternidade de uma vida limitada... Mas os olhos fogem pela fresta da janela... Os pés querem pisar toda areia do mar... O corpo quer adormecer aninhado a outro corpo... E o silêncio da madrugada, Sussurra em nosso ouvido: Há uma manhã fria por nascer Uma flor por brotar... Uma menina que corre pelo jardim Independentemente da nossa escolha As nuvens de chuva choram... A terra se encharca, E o frio corta nosso rosto Nenhuma lágrima caíra nesse momento, E todo sonho acordou... É a vida com sua rotina... Castigando nossa consciência E nessa tarde sombria e quieta Vestimos a pele do isolamento Bebemos o chá da compreensão E acompanhamos o tempo... E quando todas as coisas passarem? E nada mais tivermos para fazer... E quando olharmos para trás E o melhor de nós tiver ficado Em qualquer encosta? Num
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Eu não compreendo a solidão Dos sentimentos pequenos... Eu não compreendo a insensatez Dos que pregam a divisão dos humanos... Em castas, em classes, em perfeitos e imperfeitos... Quem disse que há divisão? Separe a poeira, quem puder! Não, não posso absorver preconceitos Como sendo normais, parte de nossa incoerência... Eu não sei aonde o mundo chegará... Saio de manhã de mãos dadas com meu especial E vamos cantando... E quando solto suas mãos ele a procura Como quem diz, ao seu lado eu tenho segurança Todos olham aquele rapaz de semblante puro E riem e debocham... Mas o que me importa... A porta do mundo é estreita para sua beleza... Os olhos das pessoas são turvos e sem luz... E ninguém me disse que eu precisava Fabricar um filho perfeito... O amor concedido talvez não tenha sido o suficiente. Pois a perfeição está além da nossa compreensão... E quando o vejo cantando, Quando o vejo abraçando o ser mais estranho Como se fosse seu eterno amigo... Entendo o que seja perfeição... Quand
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Eu prefiro assim O som de um sax ao longe O espectro de alguém conhecido Que se perde na madrugada E a sombra da lua em meu quintal... E o frio que entra pelas frestas... Eu prefiro assim. Uma musica suave... Um pensar furtivo. E nada a me atormentar... Eu prefiro assim, A poesia simples, Os sentimentos mais puros E a ansiedade me mostrando a porta de saída... Eu prefiro assim, o silencio das bocas Esse excesso de poesia Que me toma nessa noite fria de outono... Na poesia sinto os detalhes Que muitas vezes fogem do meu olhar... Uma gota intermitente a cair na pia... O rosnar do meu pequeno príncipe... A brisa fria que bate na cortina e me desperta Dessa inércia preguiçosa... Eu prefiro assim... Se não posso ser inteira, serei a metade a espera Da outra parte á me completar... Eu prefiro assim Um soneto, a me arrancar da dor... Uma melodia a me fazer acalmar Um porto imaginário Onde eu possa aportar Minha alma cansada de tanto vagar.. Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Para cada poesia uma musica Para cada lágrima um sorriso Para cada cansaço uma cama Para cada descaso, uma compaixão. Que pena que poucos aprenderão... Pois há dores novas, há dores velhas Aquelas que carregamos eternamente Para cada desamor, um novo amor... Aquele que nos resgatará... E nos fará acreditar Que há paz, e um olhar só nosso Um canto só nosso... E toda vida para acreditar... Para cada fim, o recomeço... Reiniciar a caminhada, Toda trajetória a seguir... Para cada passo, uma nova estrada... Descalço de qualquer terra... Para cada pesadelo, um novo sonho... E ele nos levantará... Pois para cada madrugada fria... Há de nascer uma linda manhã de sol! Eu creio... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Dói-me a recita. Mas tenho que resistir. Quantos sentimentos perdidos Quantas vezes eu fui e voltei... E nada me fez parar... Quero dançar, quero flutuar... em nuvens brancas... Porque me condenaste ao calabouço? Os meus mais puros sentimentos eu doei... Mas a vida faz dos nossos sonhos Árduas horas reais... Lida e luta, luta e lida... Sem um colo para repousar Sem a essência da poesia... Que dureza é viver... O que pode nos inspirar? Ó imenso oceano, ó céu de duras nuvens Alivia esse frio... Aqueça esse corpo... Faça-me parar de pensar e repensar Todas as possibilidades que às vezes são perdidas Dura lição o sofrer nos ensina... Tantas falas, tantas pessoas e somente a solidão Faz-nos companhia... E aquele velho navio perdido em alto mar... E nenhum olhar conhecido E a moça vaga sozinha pela areia... Olha eternamente para horizonte Em busca do sol que se põe. Mas que ironia do tempo, As marcas deixadas jamais Do seu coração desaparecerão E a dor alojada em seu olhar De novo voltará...
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Fragmento de Poeta! Às vezes a gente se pergunta Por quê? E os porquês se multiplicam... Buscamos no ontem Os motivos para solidão de hoje... Às vezes tantas perguntas Nos afoga em prantos... Porque vivemos pelo momento, somente? Porque as sensações passam? Porque a secura da boca nunca umedece? E esse ponto interrogação em nossos olhos? O Doce e o amargo de viver... Chega de pensar e sofrer... Chega de questionar o inquestionável. Devemos seguir, e que seja em linha reta... Nada de frio da eterna pedra do passado... Nada de vagar em busca de calor e afeto... Nada de perguntar o que há além da montanha Estou naquele instante do tanto faz, Mas não é verdade que não sinto... A luta vem calejando minha alma Não temo mais que a brisa do mar me tome. Que meus pés descalços sintam a terra que me receberá... Sem a alma nada me vale ter vida... O Pai dos pecados, com certeza me perdoará Por tal injuria, no momento de fúria... Sim sou a tempestade que varre a coerência... Vago pela neve do esqu
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Eu ouço o silencio... Sim ele diz frases desconexas Ele sussurra baixinho Em meus ouvidos: Não há lógica na vida Tudo é inventado... E o pecado É uma questão de consciência... A demência e a cura da coerência Nenhuma receita pronta... Nos salvará da solidão... Quando deliramos vivemos... Quando esquematizamos, morremos... Eu ouço a voz do tempo... Sim ele me cobra ações... Ele rabisca em mim todas as marcas... E quando pensamos que ganhamos, perdemos... Quantos ainda deixaremos a beira do caminho! Sim, tínhamos escolhas, mas nos acovardamos... Troco-me, eu preciso seguir Pegar o velho antigo trem... Esqueça, hoje é aquele dia atípico. Onde todas as coisas estão fora do lugar... E a dor arrancou um pedaço do meu pensar... Fragmentos, se não forem colados Logo se perderão pelas frestas do nosso desejar... Que pena! Por amor vestimos outras peles Por amor nos culpamos Por não transformá-lo em uma rocha A nós proteger das tempestades... E esse frio que é de vida. A ponte em ruínas... O cas
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Eu não falo sua língua Eu não entendo a sua fala... Eu moro em mim Minha casa é o meu interior. Eu vasculho seu olhar... Eu fujo da sua vida... Mesquinha e ilimitada Sim, meus olhos vazam sua consciência Eu vejo além, Você está aquém de mim... Eu não ouço o mesmo som... As gotas de orvalho no jardim... O canto dos pássaros na janela Faz-me sonhar... A dor de um grito, em meus ouvidos O agitar das mãos me fazem voar... O correr dos meus pés É a fuga dos predadores. Deixa eu correr, deixar eu cantar Balançar o corpo como quem Navega em alto mar Eu vejo estrelas que você não vê Eu flutuo em nuvens que você não sente... Seus pés tão presos ao chão... Nunca poderão me alcançar... Nada é vazio em mim... Tudo é mistério e uma nova percepção... Nesse jeito inquieto e particular Mesmo na casa vazia... Há vida, há muito por aprender... Não sou um réu condenado ao esquecimento... Não sou a pedra no seu sapato... Sou aquela peça, que bate em descompasso... Que não sabe lutar contra o descaso... Qu